1.Clareza
A clareza é uma qualidade que todo texto deve ter. Para perceber a diferença entre um texto escrito com clareza e outro que não tem essa qualidade, leia o exemplo a seguir:
Alguns fenícios se estabeleceram nas costas estrangeiras, e muitas bancas tinham sido abertas. E também havia cidades. Por toda parte eles eram bem acolhidos, pois as pessoas gostavam de coisas bonitas.
Esse texto não é claro, porque faltam informações para que o leitor compreenda as ideias nele contidas. Durante a leitura, várias perguntas poderão ser feitas, como as que aparecem entre parênteses:
Alguns fenícios se estabeleceram nas costas estrangeiras, e muitas bancas tinham sido abertas.(Onde? Por Quem?) E também havia cidades.(Onde? Qual a relação entre feníncios e a existência das cidades?) Por toda parte eles eram bem acolhidos, pois as pessoas gostavam de coisas bonitas.(Que relação havia entre os feníncios serem bem acolhidos e as pessoas gostarem de coisas bonitas? Que pessoas eram essas?)
2.Objetividade
O autor de relato histórico precisa ser fiel á realidade dos fatos, e suas fontes de pesquisa devem ser confíáveis para que ele não falte com a verdade. Ele deve relatar os fatos sem dar a sua opinião pessoal sobre eles e também não pode inventar nada. Isso torna o texto objetivo.
Veja abaixo um texto sem objetividade:
Prefiro falar principalmente dos sumérios. Penso que, em alguns campos, eles se adiantaram aos egípcios. Talvez as escavações desses amontoados de ruínas, acho que na planície próxima ao golfo Pérsico, tenham mostrado que os habitantes daqueles lugares, em algum momento, tinham tido a ideia de fabricar tijolos de argina para construir casas e templos.
3.Linguagem formal
A linguagem formal é usada no relato histórico, assim como nos livros didáticos, nas obras literárias e cientificas, em jornais e revistas de grande circulação. Os textos escritos em linguagem formal obedecem a normas gramaticais e evitam gírias ou expressões da linguagem coloquial.
Aqui vão algumas gírias:
Antigamente:
Gamação = namoro
Carango = carro
Estar na fossa = estar deprimido/triste
Pão = homem bonito
Dar tábua = recusar-se a dançar com alguém
É duca! = É Ótimo
Atualmente:
Azaração = namoro
Zoar = bagunçar, rir de alguém
Patricinha = menina bem-arrumada
Mó legal = Ótimo!
Galera = grupo de amigos
Balada = festa, diversão
4.Verbos no Pretérito
O tempo verbal predominante no relato histórico é o pretérito (ou passado), pois os fatos aconteceram antes do relato do autor. No fragmento a seguir, os verbos estão no pretérito.
Diferente do que acontecia no Egito, a Mesopotâmia muitas vezes tinha vários soberanos ao mesmo tempo. Ela teve vários impérios, porém cada um deles durou muito pouco tempo e suas fronteiras se modificaram com frequência. Sucediam-se povos diferentes, que a cada vez colocavam um novo soberano no trono. Desses povos, os mais importantes foram os sumérios,os babilônicos e os assírios.
5.Marcadores de tempo
O relato histórico é uma narração, portanto os fatos acontecerem uns após os outros, obedecendo à sequência temporal. Várias palavras e expressões servem para marcar a passagem do tempo e ordenar os acontecimentos temporalmente, como as destacadas no trecho a seguir:
Nos primórdios da escrita, os homens traçaram desenhos com objetivos mágicos, que posteriormente passaram a ser utilizados para a comunicação.
1. O ideograma simboliza um objeto ou uma ideia, depois um som.
[...]
3. Posteriormente, cada signo passou a representar uma sílaba, como na escrita cuneiforme.
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